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No Brasil, atualmente, existem 324 milhões de dispositivos portáteis – mais de um aparelho por pessoa, de acordo com pesquisa elaborada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Paralelo a isso, há um aumento no tempo em que cada usuário permanece conectado. Enquanto no mundo cada pessoa passa, em média, 6h40 conectada por dia, no Brasil, a média é ainda maior: ficamos conectados em média 9h20 todos os dias*. Com tanto tempo conectados diariamente, qual o nosso nível de atenção para as telas que mais habitam a nossa rotina? Será que ficamos realmente atentos às informações passadas através dos nossos smartphones?

*Dados de pesquisa realizada pela Hoopsuite com a We Are Social

O cérebro é capaz de absorver e entender de maneira eficaz as informações que recebemos da tela do smartphone. Um estudo realizado pela agência de neuromarketing SalesBrain comparou o consumo de um mesmo anúncio na tela da televisão e na tela do smartphone. O nível de atenção em dispositivos móveis é 82% maior em comparação à TV e o de distração é 79% menor. A atenção das pessoas em telas pequenas é maior do que nas grandes.

Então, qual é o problema com as telas pequenas?

A diferença é que, nas telas menores, essa atenção não é convertida em efetividade, emoção e memória. A fixação visual em elementos fora da tela é maior, gerando menos engajamento e aumentando a distração. Traduzindo: a pessoa fica mais atenta, mas os olhos se dispersam com mais facilidade nas telas pequenas.

Para comparar: porcentagem fixação visual fora da tela

– Tela pequena: 42%

– Tela grande: 20%*

*Dados de 2019 divulgados pela Nielsen Consumer Neuroscience

No entanto, os números mostram que é impossível ignorar o mundo construído para os smartphones: 3,5 bilhões de pessoas possuem cadastros em alguma rede social – quase metade das 7,6 bilhões de pessoas do planeta. A grande maioria desses usuários (3,4 bilhões) acessa as redes sociais usando celulares*.

*Dados do relatório Global Digital Statshot 2019, feito pelas empresas Hootsuite e We Are Social

Neste cenário, seu conteúdo compete com diversas histórias de amigos, familiares e outras marcas. O tempo é muito curto e a imagem se transformou numa das principais formas de comunicação. O esforço mental para processar a informação de anúncios nos smartphones é menor do que na televisão.

Como aumentar a lembrança da marca em meio a tantas distrações?

A combinação de diferentes meios para comunicar é uma das principais estratégias para fixar uma mensagem. Quando as pessoas recebem um anúncio no computador e no smartphone, por exemplo, o resultado de apreensão da mensagem é superior para as marcas do que se a mensagem fosse entregue em apenas um meio.

Outro fator é que, em dispositivos móveis, o ponto inicial de exploração de um anúncio são as imagens e vídeos – especificamente o centro da imagem. Por isso, o mais indicado é ter criativos mais simples, com letras maiores e imagens com menos detalhes.

É preciso informar de maneira correta e direta. Impactar o usuário nos meios onde ele mais passa seu tempo e diminuir as chances de que a sua mensagem se perca no amontoado de informações ao alcance dos olhos.

Referências:

Como as diferenças no comportamento das pessoas nos celulares e na TV influenciam suas campanhas

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